quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As neuras de um observador cansado

Cansei da mesmice. Cansei de ser a mesma pessoa sempre. Cansei de falar os mesmos termos. Cansei de olhar e não ser olhado. Cansei de ver que existem pessoas sem perspectivas. Cansei!
Mas do que adianta perder o fôlego pelas pessoas? Neste mundo de meu Deus, como solfeja um amigo, nas horas de desespero, nada é para sempre ou ao menos resiste por muito tempo. Existem pessoas e pessoas.

Minha indignação voltou. Não sou exibicionista, mas amo observar a falta de discrição dos outros. Talvez isso levante barreiras. Querer entender demais as pessoas pode ser um erro. Mas, se não as entendo, como as conhecerei? Perguntas e colocações difíceis. Sim, eu sei.

Mas, não deixo isso me carregar. Tenho meus conceitos e não quero ficar preso à mesmice dos outros, porque de cansado já me basta estar. Espero que pessoas venham agregar coisas boas a mim. Não tenho como objetivo sustentar desejos reprimidos. Quero galgar meus sonhos com quem merece.

Cansei mais uma vez. Agora de tentar explicar a diferença de pessoas e pessoas neste mundo de meu Deus. Mas me recupero logo, pois ficar cansado por um tempo faz bem. Instiga à reflexão, aos murmúrios insólitos. Tira-nos da alcova e nos traz de volta a realidade.

Para um observador, acho que canseira não pega bem. Mas volto a observar e quem sabe não tenha tempo para relatar essas minuciosidades da vida alheia. Afinal, fica cansado quem quer e descansa quem tiver juízo. Acho que vou fazer o mesmo.