quinta-feira, 19 de junho de 2008

Um exemplo a ser seguido

No último final de semana, após muito esforço, consegui acabar de devorar mais um livro. E como não poderia ser diferente, era sobre como fazer jornalismo com qualidade. Não que eu deteste o assunto, mas é que nos últimos seis meses, eu só tenho visto em cima da minha escrivaninha vários livros do gênero. Tomara que essa maratona colabore com a minha formação de jornalista.

Agora, nas férias, a rotina será um pouco diferente. Com mais tempo, vou selecionar alguns romances para ler e, claro, freqüentar um pouco mais os cinemas - lembrando que estudante paga meia-entrada todos os dias.

Mas voltando ao livro que falei, posso dizer que entre todos que já li, e não pensem que foram muitos, este foi o mais interessante. A sinceridade do autor, presente em todo momento, fez com que eu me identificasse com os seus argumentos e aprendesse um pouco mais sobre o cotidiano jornalístico.

O tal livro, “A arte de fazer um jornal diário”, de Ricardo Noblat, nascido e formado em Pernambuco, pode ser qualificado como um texto gostoso de ler. Não é à toa, pois com seus 35 anos de experiência no jornalismo impresso, e atuando como diretor de redação do Correio Brasiliense, ele relata, em seu livro, diversos fatos dos bastidores da profissão.

A maioria dos fatos é de jornalismo barato, que segundo o autor deve ser ignorado. Mas há também produções exemplares e apontadas por ele como um modelo a ser seguido. Pois, como ele mesmo diz, jornalista não pode ser preguiçoso, pelo contrário, deve ter o faro das coisas, saber o que está fazendo.

E o mais interessante é que em nenhum instante Noblat deixa o leitor confuso, ele somente esclarece. Pois segundo ele, ser jornalista não é fácil, e quando se é, o difícil é enxergar a sua verdadeira função, já que muitos a perdem.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O Caçador de pipas

O autor, Khaled Hosseini, nasceu no Afeganistão, mas foi criado nos Estados Unidos. Neste livro ele conta a história de um menino afegão que teve uma infância dourada no Oriente Médio e mais tarde emigra para os Estados Unidos, onde se forma na faculdade e acaba criando uma carreira respeitável por lá. O livro é narrado em primeira pessoa e conta a história de uma amizade de infância com o filho do caseiro de seu pai. Os dois foram criados juntos e têm uma amizade fraternal. As circunstâncias da vida os separam, porém a amizade não morre. O livro não informa se é autobiográfico, mas a idade do autor coincide com a do personagem, permitindo essa especulação.

É difícil falar sobre um livro sem querer estragar o prazer do eventual leitor contando o que acontece, já que a história é cheia de surpresas. Só direi que as pipas do título, na tradução da editora carioca Nova Fronteira, são mais conhecidas como papagaio em São Paulo (empinar papagaio é a expressão usada) e pandorga em outras regiões do país. E são, no Afeganistão, muito mais populares do que aqui, com um sabor de ritual de competições entre jovens, e em outros países até com conotações religiosas.

Novo romance e Filme
E o autor vai além. Após o sucesso do Caçador de Pipas, vem aí, a todo vapor, o segundo livro de Hosseini, voltado aos conflitos e costumes paradoxos do Oriente Médio. O novo romance do autor tem como título “Cidade do Sol”. Eu ainda não o li, mas estou doido para ler. Caso alguém tenha e queira emprestar, eu aceito.

Lançado nos Estados Unidos em 2003 e traduzido para o português em 2007, O Caçador de Pipas já foi parar nas telonas. Após muita ansiedade, o filme foi rodado e estreou nos cinemas no mês de maio para todo o Brasil. Confira.

Até mais.